Os anos que crianças e jovens passam na escola, da Educação Infantil até o fim do Ensino Médio, são decisivos para sua formação e, consequentemente, para a posição que assumirão na vida. A elaboração do currículo, portanto, constitui uma tarefa estratégica e complexa, já que não se resume a um mero elenco de disciplinas com certo conteúdo que preencherá as cargas horárias. A sua função vai muito além.
A filosofia pedagógica que o nosso colégio adota consiste em contribuir para que o aluno desenvolva autonomia intelectual. Sem autonomia intelectual, o aluno é apenas alguém que imita o professor e reproduz o que lhe foi ensinado porque decora respostas certas; em vez de entender os fenômenos ou captar a inteligibilidade das coisas, o aluno confia num saber fragmentado e converte-se num sujeito docilmente manipulável por “aquele que sabe”.
Assim, um currículo preocupado em desenvolver a autonomia intelectual do aluno deve almejar preparar alunos para que participem ativamente na aquisição do conhecimento. Tem-se, com isso, alunos curiosos e críticos, que confiam na própria capacidade de resolver questões e de dizer honestamente o que pensam. Para tanto, o patrimônio de informações básicas é absolutamente indispensável, mas há muito mais: a necessidade de desenvolver nos alunos a capacidade de ler, de compreender e de interpretar o que leem, a capacidade de realizar operações lógicas como comparar, analisar, sintetizar, relacionar fatos no tempo, no espaço e de forma causal.
Trabalhamos para ser uma escola de educação básica que desenvolva alunos autônomos intelectualmente. Assim, com certeza teremos cumprido nossa tarefa primordial — a de formar indivíduos confiantes e intelectualmente curiosos, que detêm o domínio das habilidades da leitura, da escrita e das operações lógico-matemáticas, mas que dispõem, sobretudo, de uma capacidade-chave: pensar. |
